Todos já foram vítimas do mesmo. Muitos dos vossos amigos, conhecidos e coisos, durante um dado período da vossa vida, ou em dado momento, normalmente de alargada imprudência, regada com abundante álcool, mimaram-vos, com a célebre frase: “Arnaldo, pá, és um ganda maluco”.
Em todos vós, eu sei pelo que passei, esse reconhecimento público da qualidade de “ganda maluco” levou a que o vosso comportamento desde então, fosse o mais desajustado possível, pois a ânsia de voltar a ouvir a mesma frase era enorme. De facto voltar a ouvir a expressão “és um ganda maluco” torna-se uma verdadeira droga, e os sujeitos acariciados uma vez com tal mimo tornam-se repentinamente verdadeiros agarrados. Primeiro contentam-se em ouvir, a referida representação, uma vez por mês, mais tarde, em alguns casos, em que a patologia já se torna demasiado grave e irreversível, querem ouvir o delicioso impropério, pelo menos, de cinco em cinco minutos, quando não continuamente.
Para tal, preconizam as brincadeiras mais estúpidas que a um ser humano é possível efectuar, deixam de pagar bilhetes nos transportes, mas só ao pé dos amigos que lhes podem efectuar o elogio, mesmo que sejam possuidores do passe social, atiram-no pela janela, o pensamento é: - Que se lixe a multa, quero é voltar a ouvir que sou um ganda maluco; baldam-se às aulas para ir fumar um cigarro, claro que roubado do maço que o descuidado “setôr” de matemática que o esqueceu em cima da secretária. Descem as escadinhas de São Vicente de skate, trotineta, ou de patins, de preferência de uma só vez; e para arrematar, a festiva bronquice, chumba-se o ano lectivo com as piores classificações possíveis. Mais tarde, já num estado mais adulto, sim porque o conceito de “ganda maluco também amadurece”, despejam-se copos de vinho tinto nos vestidos imaculados de noivas nervosas, depois de se fazerem as maiores asneiras na despedida de solteiro do melhor amigo, tudo isto só para o desesperado do agarrado ouvir uma vez mais: “´és um ganda maluco”.
Com a adição de anos vindouros, nos almoços e jantares de amigos, porque já ninguém voluntariamente o faz, o desesperado repete em cada memória que despeja para cima da mesa “eu era um ganda maluco”. Despejo esse anuído pelos amigos mais chegados, até ao momento em que já ninguém podendo ouvir tal diz em voz alta: “- estás maluco ou quê? Já ninguém te pode ouvir a dizer essas mxxxxs. Fxxx-se pá! Vê é se cresces, continuas a ser o mesmo cxxxxxo que eras quando tinhas doze anos. ” (peço desculpa pelo vernáculo mas os gandas malucos só assim entendem que o conjuntura não lhes é de fortuna.
É nesse preciso momento que o “ganda maluco” desperta para uma nova vida! Ele que até então simplesmente interpretou, na perfeição, o papel que os amigos/grupo lhe deram para interpretar, estes, num só ímpeto, sem anunciar previamente, proibem-no de recordar aquelas que eram as únicas memórias estupendas que o “ganda maluco” tinha e, que até então, o faziam sentir especial.
Para os que não se suicidam de imediato ou vão vender gelados para Cabo Verde, esse é o momento em que se destapa o outro “fulano” que até então estava escondido no “ganda maluco” mas que ainda não tinha ousado dar a face. Agora é momento do tal de: “agora estou muita certinho”. O “agora estou muita certinho” é o tipo que em tudo o que diz e que faz, fez ou irá fazer no promissório futuro certinho, acaba sempre as frases em: “agora estou muita certinho.” Por exemplo, quando fala da namorada diz: Ando às dois meses com a Anabela, como vês “agora ando muita certinho”. Quando compra os bilhetes para ir ao cinema, diz olha vamos ao cinema à noite ver o último do Silvester Stalone, como vês agora “ando muita certinho”. Nos casos mais bicudos, antes de referir o que quer que faça, fez ou fará, diz “agora ando muita certinho”, um exemplo flagrante é: “eu agora como ando muita certinho” vou às compras compra um litro de azeite, e como estou muita certinho antes de vir às compras, porque agora estou muita certinho, fui ver a acidez do azeite, porque agora estou muita certinho e não me quero enganar. Como estou muita certinho sei te dizer que acidez do mesmo que é de 0,5%.
Ora, também ninguém pachorra para tolerar este tipo se arquétipo durante muito tempo. Pelo que, em dado dia, em dada situação, alguém vai dizer: “ O que se passa contigo pá, eras um ganda maluco e agora andas todo certinho”. Já ando preocupado contigo!
Claro está que é precisamente nesse ápice que o desgraçado fica para sempre na merda! Normalmente casa-se e espera, ansiosamente, pela reforma!
Em todos vós, eu sei pelo que passei, esse reconhecimento público da qualidade de “ganda maluco” levou a que o vosso comportamento desde então, fosse o mais desajustado possível, pois a ânsia de voltar a ouvir a mesma frase era enorme. De facto voltar a ouvir a expressão “és um ganda maluco” torna-se uma verdadeira droga, e os sujeitos acariciados uma vez com tal mimo tornam-se repentinamente verdadeiros agarrados. Primeiro contentam-se em ouvir, a referida representação, uma vez por mês, mais tarde, em alguns casos, em que a patologia já se torna demasiado grave e irreversível, querem ouvir o delicioso impropério, pelo menos, de cinco em cinco minutos, quando não continuamente.
Para tal, preconizam as brincadeiras mais estúpidas que a um ser humano é possível efectuar, deixam de pagar bilhetes nos transportes, mas só ao pé dos amigos que lhes podem efectuar o elogio, mesmo que sejam possuidores do passe social, atiram-no pela janela, o pensamento é: - Que se lixe a multa, quero é voltar a ouvir que sou um ganda maluco; baldam-se às aulas para ir fumar um cigarro, claro que roubado do maço que o descuidado “setôr” de matemática que o esqueceu em cima da secretária. Descem as escadinhas de São Vicente de skate, trotineta, ou de patins, de preferência de uma só vez; e para arrematar, a festiva bronquice, chumba-se o ano lectivo com as piores classificações possíveis. Mais tarde, já num estado mais adulto, sim porque o conceito de “ganda maluco também amadurece”, despejam-se copos de vinho tinto nos vestidos imaculados de noivas nervosas, depois de se fazerem as maiores asneiras na despedida de solteiro do melhor amigo, tudo isto só para o desesperado do agarrado ouvir uma vez mais: “´és um ganda maluco”.
Com a adição de anos vindouros, nos almoços e jantares de amigos, porque já ninguém voluntariamente o faz, o desesperado repete em cada memória que despeja para cima da mesa “eu era um ganda maluco”. Despejo esse anuído pelos amigos mais chegados, até ao momento em que já ninguém podendo ouvir tal diz em voz alta: “- estás maluco ou quê? Já ninguém te pode ouvir a dizer essas mxxxxs. Fxxx-se pá! Vê é se cresces, continuas a ser o mesmo cxxxxxo que eras quando tinhas doze anos. ” (peço desculpa pelo vernáculo mas os gandas malucos só assim entendem que o conjuntura não lhes é de fortuna.
É nesse preciso momento que o “ganda maluco” desperta para uma nova vida! Ele que até então simplesmente interpretou, na perfeição, o papel que os amigos/grupo lhe deram para interpretar, estes, num só ímpeto, sem anunciar previamente, proibem-no de recordar aquelas que eram as únicas memórias estupendas que o “ganda maluco” tinha e, que até então, o faziam sentir especial.
Para os que não se suicidam de imediato ou vão vender gelados para Cabo Verde, esse é o momento em que se destapa o outro “fulano” que até então estava escondido no “ganda maluco” mas que ainda não tinha ousado dar a face. Agora é momento do tal de: “agora estou muita certinho”. O “agora estou muita certinho” é o tipo que em tudo o que diz e que faz, fez ou irá fazer no promissório futuro certinho, acaba sempre as frases em: “agora estou muita certinho.” Por exemplo, quando fala da namorada diz: Ando às dois meses com a Anabela, como vês “agora ando muita certinho”. Quando compra os bilhetes para ir ao cinema, diz olha vamos ao cinema à noite ver o último do Silvester Stalone, como vês agora “ando muita certinho”. Nos casos mais bicudos, antes de referir o que quer que faça, fez ou fará, diz “agora ando muita certinho”, um exemplo flagrante é: “eu agora como ando muita certinho” vou às compras compra um litro de azeite, e como estou muita certinho antes de vir às compras, porque agora estou muita certinho, fui ver a acidez do azeite, porque agora estou muita certinho e não me quero enganar. Como estou muita certinho sei te dizer que acidez do mesmo que é de 0,5%.
Ora, também ninguém pachorra para tolerar este tipo se arquétipo durante muito tempo. Pelo que, em dado dia, em dada situação, alguém vai dizer: “ O que se passa contigo pá, eras um ganda maluco e agora andas todo certinho”. Já ando preocupado contigo!
Claro está que é precisamente nesse ápice que o desgraçado fica para sempre na merda! Normalmente casa-se e espera, ansiosamente, pela reforma!
http://www.youtube.com/watch?v=NSQWFzHNC7k
ResponderEliminarMuito bom! Ritmo e diversidade para dar e vender!
ResponderEliminar