sábado, 30 de abril de 2011

Antigo Testamento - Ralf & Florian

Um disco que infelizmente foi pouco difundido mas um excelente disco, este o projecto embrião que se iria concretizar mais tarde nos KraftwerK.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Joy Division revista por Nine Inch Nails

Eu pessoalmente não sou grande apreciador de covers, uma vez que a maior parte deles são pálidas imagens dos temas originais. Mas este é um verdadeiro clássico dos covers, não ficando nada aquém do tema original, ainda para mais, sendo este um dos temas de referência da Joy Division.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Los Amparito - tacos con mucho lsd

"São conhecidos por "Animal Collective mexicanos" e este epíteto diz tudo. Os quatro jovens de Guadalajara fazem uso da mesma lógica de "samples" de pescadinha de rabo na boca, só que a sua matéria-prima, adequadamente, é apenas a das bandas de mariachi dos anos 60 e 70, e das canções de Amparo Ochoa. O nome da banda não vem, no entanto, da cantora, mas sim daquelas que dizem ser as melhores sanduíches da cidade: Lonches Amparito. Carlos Pesina, o mentor do grupo, classifica a música como "mariachi-wave". in http://ipsilon.publico.pt/musica/texto.aspx?id=282504#Comente

Panda Bear - um som com textura cósmica

"Tomboy" é um álbum menos efusivo e celebratório que "Person Pitch". Funciona como uma mancha sonora repleta de reverberações dub, das cadências repetitivas de uns Spacemen 3 (Sonic Boom fez a mistura do disco), dos padrões rítmicos de um techno que é mais sugerido que real e de drones e arpeggios de sintetizador que fazem ponte entre os minimalistas e a kozmische germânica e uma sensibilidade pop que Panda Bear nunca elimina das canções." in http://ipsilon.publico.pt/musica/critica.aspx?id=282513

Antigo Testamento - Kraftwerk

Talvez uma das melhores letras dos enormes Kraftwerk.

"Até as grandes estrelas descobrem-se a si mesmo quando se olham no espelho"

Braids - Um caso sério

"Gente muito nova, sub-21, nascida no Canadá e já um dos mais refrescantes nomes que 2011 tem e terá para oferecer. Banda de liceu, os BRAIDS convenceram-se uns aos outros a não seguirem para a universidade. E deu nisto. Aos Animal Collective, sobretudo a "Feels" - que dizem ter num pedestal -, foram buscar o registo entre a pop fora de órbita e os teclados subaquáticos. A voz de Raphalle Standell-Preston, que tanto alinha pelas belíssimas canções que parecem acompanhar a lenta queda de um desmaio como por uma ansiosa pop psicadélica, é a pedra de toque."  in http://ipsilon.publico.pt/musica/texto.aspx?id=282504

domingo, 24 de abril de 2011

Y2K – o Illinoise do milénio

       Surpreendentemente, houve poucas falhas decorrentes do Bug do milénio, que se revelou quase que inofensivo apesar de ter gerado uma onda de pânico colectivo, especialmente nos países nos quais os computadores estavam mais vulgarizados. O assunto gerou muita polémica devido aos grandes lucros gerados pelas empresas de informática, foi alvo de matérias copiosas na imprensa e deu até origem a vários filmes de gosto duvidoso. Hoje é considerado como um dos casos registados pela História de pânico colectivo vazio de fundamentos, uma versão moderna do "temor do fim do mundo" que também acometeu os povos Medievais no virar do ano de 999 para 1000. Foi despojado Y2K que assolou o mundo, excepto em Portugal; na verdade este país de brandos costumes viu-se acossado ao virar do século por uma vaga inesperada de abusos sexuais, e ainda com efeitos mais maléficos, como uma praga se tratasse, vi a maior parte dos meus amigos a cristalizarem-se nas suas anteriores vanguardistas opções musicais.
Em pânico fiquei, sozinho, porque sem outros que tais anteriores escaravelhos, na busca do Santo Graal da música, da escrita, da arte; que é como diz, da busca do contacto terreal com um qualquer Deus dos céus.
De facto existem obras em que nos apercebemos facilmente que existiu nelas a intervenção de um Criador, purificador e aglutinador que mostra aos humanos o melhor que podem fazer sem ser em justaposição com o pior que se pode fazer. Não tenham quaisquer ilusões, Deus expõe-se com todo o seu esplendor na arte, na 1.ª à 7.ª, pelo que para mim, a arte, quer se debruce sobre aspectos religiosos ou não, é sempre sacra, pois coloca-me em contacto com a magnificência do Supremo. Mas como referi, no virar do século ao confrontar os meus amigos com autores e temas novos que não faziam parte daquilo que para eles era adquirido, certamente por consequência do maléfico Y2K, obtinha na maioria dos casos respostas do género:
- “Nunca mais vai existir nada como Joy Division!”
 - “ Nem compares isso com Tindersticks!”
- “ Aí se os Clash ainda tocassem, esses gajos nem sequer lhes faziam as primeiras partes”.
Com estes ainda se podia dialogar, nos casos mais graves a respostas foram:
- “ O meu filho é mesmo inteligente, algumas vezes até fico preocupado!”
- “ A Gustava da contabilidade é mesmo gostosa.”
- “Olha pá, comprei uns pneus novos para o carro e um lugar cativo no Benfica, quando é que apareces?”.
Mas a minha Nossa Senhora da Nazaré não dormita em serviço, quando fui ao seu Santuário, chorar um bocadinho pelo o facto de não ter junto a mim um escaravelho pecador o suficiente para que, sem renegar os heróis musicais da infância, me ajudasse na busca do Graal, eis que, algures em 2005, após cinco anos de pouca esperança nos culturais anos vindouros, recebi uma chamada, que viria a mudar em muito o panorama do que sou, do que queria ser; e que fizeram ter confiança suficiente para que consiga, mesmo que em letras tortas, escrever hoje o que quero.
Conheci o Luís Moniz nesse ano, entrou num grémio de muitos bons amigos, um amigo que me fazia muita falta, porque sinto que já o era antes de o ser. Com ele, tento descobrir Deus na terra, através da arte dos demais, e até aquela que em mim possa existir. Quando o Luís, como que por artes mágicas, me colocou a rabiscar, com toda a sua paciência, e diga-se aturado esforço; primeiro, para me ajudar a despertar a voz que ainda esgaravato, pôs-me, previdentemente, a apreender as vogais, proferidas por Pessoa; e agora as consoantes, vagarosa mas consistentemente, proferidas por gente desta terra que tenta descobrir o seu de Deus nos seus próprios feitos, entre muitos, falo de vós, Octávio e Bruno (todos eles fundadores do www.esquinas.org ), que muito me enaltece a honra de convosco partilhar o melhor que esta pátria Lusitana ainda pode fazer; e que de modo autónomo surgiram como o complemento da “grande prenda Açoriana” chamada Luís, mas que em mim conquistaram um pleno espaço autónomo, pelo que o meu grande bem-haja também a vós, a este meu grémio de verdadeiras amizades.
Grande ano aquele de 2005, estrumado o suficiente para que a safra tenha sido um Vintage da melhor qualidade. Para afamar a ocorrência, Deus com toda a sua sapiência, incumbiu Sufjean Stevens das celebrações.
A responsabilidade era grande, mas Sufjan Stevens não se deteve, criou aquele que para mim é o melhor trabalho realizado depois do virar do século, e convidou-nos para “Come in feel the Illinoise.”, o seu quarto trabalho de originais. E que convite este meus amigos! Illinoise é por direito próprio um disco consistente o suficiente para rivalizar com o melhor que a Independente (agora indie) e a Pop fizeram desde sempre. São vinte e dois deliciosos temas, que transforma o cd num verdadeiro realejo, pois podemos colocá-lo em repeat, sem que isso se transforme num aborrecimento, pois está sempre a debitar coisas boas, tonalmente equilibradas o suficiente para que não denotemos que entre a música Europeia e a Americana existe um oceano de história que as separa. O verdadeiro artista é aquele que é arrojado na simplicidade da sua obra. E esta é daquelas que se gosta do princípio ao fim, até porque antes de existir já o era. Ou seja, porque todos já tínhamos o Illinoise dentro de nós, bastava apenas que alguém o materializasse, num projecto sem par no actual cenário musical. Ao contrário do que muito se diz por aí, o actual panorama musical é dos mais ricos que já alguma vez existiu. O facto do preço dos equipamentos de estúdio se terem banalizados, permitem o surgimento de autores que enriquecem em muito a cultura popular actual; de outro modo, seriam quanto muito, célebres na estação de metropolitano mais da casa de seus pais. Uma nota mais, este Cd tem uma outra característica tem uma capa verdadeiramente original e genial, coisa rara nos dias que correm (que saudades do LP). Apenas um aspecto negativo no excelente Illinoise, o autor deveria ter nos créditos referido que um dos temas, não vou dizer qual descubram por vós, utiliza um sampler de um tema dos The Cure, é tão manifesto, que soa a homenagem aos mesmos, mas ainda assim, penso, que em nome da verdade, deveria ter efectuado a referida referência. Só lhe ficava bem!


Illinoise – Disco obrigatório numa discografia de bom gosto, que está novamente à venda na Fnac e desta feita com um preço bem mais económico, serão os € 9,90 euros mais bem empregues da vossa, rápido, antes que esgote, vida!

Classificação: 5 estrelas - Discografia Ideal

bill callahan

Simplesmente complexo, são as palavras que vêm à cabeça quando oiço este tema. Para ouvir em repeat sem dúvida.

ELK CITY

Após ter accionado manualmente o meu leitor de cd´s Cambridge Áudio, com um pequeno impulso braçal, secundado pelo velhinho mas competente Rotel amplifier RA-840BX4, que por sua vez com Supra Cable, estabelece ponte a umas básicas mas honestas JBL Control One, instalei-me no meu posto de escuta, que se encontra na “proa” das duas metades sonoras. E atentamente coloquei-me à escuta (claro que falo de uma escuta não validada por um Juiz de Instrução Criminal, mas antes avalizada pelos meus sentidos) de boa música.
Como sabem os mais atentos, embora sem, diga-se em abono da verdade, merecido patrocínio de uma qualquer entidade comunitária ou nacional politicamente altruísta, decidi, faz uns anos, criar um projecto de recolha de sons únicos alternativos, a que lhe chamei, pomposamente, menos de 5 euros. Na altura em que comecei, o projecto intitulava-se menos de mil paus, mas já conhecem a história da moeda única pelo que me vou escusar relatar. Avec, e apenas, com my money, comprei algumas pérolas, algumas banhadas e algumas curiosidades, com fito único de criar compilações de música que provem que a de descoberta de sons novos, podem ser satisfeitos com quantias não exageradas.
Este ano a safra tem sido maravilhosa, é um bom ano de saldos e promoções e algumas revelações, pelo que já adquiri tanta coisa boa, desde musica africana, a musica alternativa Grega, Checa, etc, etc, e uma delas foi ELK CITY.
Não vos vou descrever a história da banda e todo o mais, isso pouco me diz, porque eu também sempre gostei de ver futebol sem que por isso tivesse que comprar a BOLA, por isso limito-me a escutar a música sem querer saber nada mais. Mas gostava que tomassem em atenção às referências referencias, que facilmente são detectadas na audição dos maravilhosos ELK CITY.
Tal como quando olfactamos bom vinho, quando ouvimos boa musica vem à memória referencias de coisas passadas, memórias marcantes. Numa primeira olfactada, lembrei-me logo dos maravilhosos Velvet, pelo facto de coexistirem a solo ou conjuntamente, uma voz masculina e uma feminina. Mas as vozes desta rapaziada são simples, ingénuas pelo que puras e infelizmente não têm a maravilhosa maldade de um Lou Reed ou de uma marota e angelical como a Nico, mas, ainda assim, interagem de uma forma sublime, apesar das suas evidentes limitações. A voz do rapazinho cantante, pelo facto de ter pouca segurança e pelo timbre que exibe fez-me lembrar, a espaços, a voz de um actual dirigente de um clube de futebol que, quando teve algum juízo, cantava. Sim falo do filho do major das batatas, antigo vocalista dos BAN. Não era assim tão mau ouvir aqueles tipos, deixem-se de tretas!
Era péssimo!
Também não era assim tão péssimo.
Eu ainda faz pouco tempo estive a ouvir e gostei. Na verdade a voz do rapazinho faz-me lembrar também o nosso amiguinho Rufus. Já ela tem mais pinta, claro que longe se ser uma angelical Elisabeth Fraizer ou uma maga como a Souxie, mas tem personalidade e nota-se na maneira como canta pois assume sem problemas a liderança vocal nos “duetos”. Continuando a ouvir vem-me à cabeça memórias de Magnetophone, Party of One, VoodooCake, Belle and Sebatian, Claudia Brunchen e claro, Lisa Germano, entre outros que tais.
É pois um recomendável cocktail de coisas boas, doce quanto baste, para perder este meu, precioso tempo, a falar neles. E claro, vocês a ler esta coisa que vos escrevo. Está para breve, atenção à notícia do crime, o primeiro volume de uma colectânea 100% pirata, mas com direito a capa original e tudo, destas minhas maravilhosas e virtuosas recolhas. Claro está, meus gosmas leitores, que terão que pagar para a adquirir. E não será certamente por uma quantia inferior a cinco euros, nem a dez tão pouco.
Entretanto ficam com um abraço, deste vosso amigo,

Classificação:  3, 5 estrelas


P.S.- O “álbum” exibe o nome, correcto e apropriado de STATUS e custou € 2,90 Euros.

A prece da semana!



Simplesmente genial!