domingo, 24 de abril de 2011

ELK CITY

Após ter accionado manualmente o meu leitor de cd´s Cambridge Áudio, com um pequeno impulso braçal, secundado pelo velhinho mas competente Rotel amplifier RA-840BX4, que por sua vez com Supra Cable, estabelece ponte a umas básicas mas honestas JBL Control One, instalei-me no meu posto de escuta, que se encontra na “proa” das duas metades sonoras. E atentamente coloquei-me à escuta (claro que falo de uma escuta não validada por um Juiz de Instrução Criminal, mas antes avalizada pelos meus sentidos) de boa música.
Como sabem os mais atentos, embora sem, diga-se em abono da verdade, merecido patrocínio de uma qualquer entidade comunitária ou nacional politicamente altruísta, decidi, faz uns anos, criar um projecto de recolha de sons únicos alternativos, a que lhe chamei, pomposamente, menos de 5 euros. Na altura em que comecei, o projecto intitulava-se menos de mil paus, mas já conhecem a história da moeda única pelo que me vou escusar relatar. Avec, e apenas, com my money, comprei algumas pérolas, algumas banhadas e algumas curiosidades, com fito único de criar compilações de música que provem que a de descoberta de sons novos, podem ser satisfeitos com quantias não exageradas.
Este ano a safra tem sido maravilhosa, é um bom ano de saldos e promoções e algumas revelações, pelo que já adquiri tanta coisa boa, desde musica africana, a musica alternativa Grega, Checa, etc, etc, e uma delas foi ELK CITY.
Não vos vou descrever a história da banda e todo o mais, isso pouco me diz, porque eu também sempre gostei de ver futebol sem que por isso tivesse que comprar a BOLA, por isso limito-me a escutar a música sem querer saber nada mais. Mas gostava que tomassem em atenção às referências referencias, que facilmente são detectadas na audição dos maravilhosos ELK CITY.
Tal como quando olfactamos bom vinho, quando ouvimos boa musica vem à memória referencias de coisas passadas, memórias marcantes. Numa primeira olfactada, lembrei-me logo dos maravilhosos Velvet, pelo facto de coexistirem a solo ou conjuntamente, uma voz masculina e uma feminina. Mas as vozes desta rapaziada são simples, ingénuas pelo que puras e infelizmente não têm a maravilhosa maldade de um Lou Reed ou de uma marota e angelical como a Nico, mas, ainda assim, interagem de uma forma sublime, apesar das suas evidentes limitações. A voz do rapazinho cantante, pelo facto de ter pouca segurança e pelo timbre que exibe fez-me lembrar, a espaços, a voz de um actual dirigente de um clube de futebol que, quando teve algum juízo, cantava. Sim falo do filho do major das batatas, antigo vocalista dos BAN. Não era assim tão mau ouvir aqueles tipos, deixem-se de tretas!
Era péssimo!
Também não era assim tão péssimo.
Eu ainda faz pouco tempo estive a ouvir e gostei. Na verdade a voz do rapazinho faz-me lembrar também o nosso amiguinho Rufus. Já ela tem mais pinta, claro que longe se ser uma angelical Elisabeth Fraizer ou uma maga como a Souxie, mas tem personalidade e nota-se na maneira como canta pois assume sem problemas a liderança vocal nos “duetos”. Continuando a ouvir vem-me à cabeça memórias de Magnetophone, Party of One, VoodooCake, Belle and Sebatian, Claudia Brunchen e claro, Lisa Germano, entre outros que tais.
É pois um recomendável cocktail de coisas boas, doce quanto baste, para perder este meu, precioso tempo, a falar neles. E claro, vocês a ler esta coisa que vos escrevo. Está para breve, atenção à notícia do crime, o primeiro volume de uma colectânea 100% pirata, mas com direito a capa original e tudo, destas minhas maravilhosas e virtuosas recolhas. Claro está, meus gosmas leitores, que terão que pagar para a adquirir. E não será certamente por uma quantia inferior a cinco euros, nem a dez tão pouco.
Entretanto ficam com um abraço, deste vosso amigo,

Classificação:  3, 5 estrelas


P.S.- O “álbum” exibe o nome, correcto e apropriado de STATUS e custou € 2,90 Euros.

Sem comentários:

Enviar um comentário