sábado, 28 de abril de 2012

GNR - Freud & Ana


Mão morta/Mãe morta
Vai bater aquela porta
“Que se lixe quem não dança”
(disse Carl Jung)
É o seculo XX/
É o sexo vintage
A nossa doença, a nossa militância
É há cá quem sofra de complexos
E quem se queixe de SIDA
Mesmo de novas misturas
Em casais de pombos
E há cada vez mais novos combos
E até electro-choques
(Insulina a rodos) e outros mentais retoques
Querida
Apareces-me em sonhos
Com penas de gato e muita comida
Que não te falte nada
Mesmo assim vestida
A tua líbido é mistura
De desejo e bebida
Como a cabeça do bispo
Tu comes a cabeça da dama
Vendo-te o “cavalo”
Empresto-te a torre
Mas quero saber quem me ataca 
atropelo um peão
Juro que ele não morre
Baby eu sei que ele não sente
Liebschen ele nem trabalha
Não come não sente
Já não se lembra quem é…
E o luar é tão cândido
E eu e tu Ana tudo é pureza e limpeza
E era tudo tão claro
E agora é tudo tão vago
Tudo gente tão podre
E há uma assimetria
Com um toque de lobotomia
Miss Psicanálise Que perfeita que és
E tão pequenina
Com umbigo e tudo E até unhas nos pés
Que saúde que tens da cabeça aos pés!
Como eu a invejo…
Que perfeita que és da cabeça aos pés!
E tão pequenina

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